quarta-feira, 25 de março de 2015

Almirante Vermelho.




 “Tempos atrás descobri que havia lagartas em meu estomago,

Tempos depois de te conhecer elas sofreram uma metamorfose...
Sentimentos estranhos tomam conta do meu ser,

Devo entornar vinho, e me tornar um assassino de borboletas?”

terça-feira, 26 de agosto de 2014



Desejo-te dos glúteos ao pescoço, queixo, lábios, seios e dorso...
Quero me emaranhar dentre tuas pernas,
Virilha e gozo...
Por fim ver um sorriso em teu rosto, enquanto dormes serena em meu peito.

quinta-feira, 6 de junho de 2013



O amor é bem parecido com a embriaguez...
só que na embriaguez a ressaca dura menos!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Poema mal escrito.




às vezes penso no amor como uma coisa boa,
 às vezes penso no amor como se ele ainda fosse amor...
é quando lembro das garrafas vazias que tenho em baixo da pia, os cigarros no cinzeiro, os copos quebrados na lixeira, das noites mal dormidas e poemas mal escritos...
é... realmente o amor ainda continua sendo amor. 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Nem verso, nem amor.




Coloca o par de luvas sobre a mesa
Deixa os cigarros caírem no chão
Os fósforos na mão
O cinzeiro emborcado, contramão.
Olha para a janela como se ali algo tivesse
Quem sabe alguma prece
Quem sabe alguém lhe apresse
Na gaveta uma garrafa de Conhaque, uma garrafa de Whisky
Põe o coração no liquidificador
Esperando dispersar toda dor, complementar o ardor...
Cai de joelhos sobre o assoalho frio, esperando o vazio e algum calafrio
Lava o único copo o qual não quebrou e coloca no escorredor.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Branco e cinza.

                                                                                                                             Imagem: W. Scott Forbes.
As cores se esvaem pelos poros...
E nenhum sentimento mais se retém ali
Na visão do branco e cinza o “real” se torna uma questão de visão
Sem todas aquelas cores para atrapalhar eu consigo enxergar um pouco de beleza em coisas que não damos bola quando vistas em cores...
O mundo em branco e cinza não é tão triste... não é tão solitário assim, só é incompreendido por aqueles que carregam os grilhões  das cores. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Nada era meu.




Tenho andado assim pelas ruas na madrugada feroz
Onde o breu consome a alma e nos refugiamos dentro de garrafas
Nossa respiração não passa de uma tragada vorás implorando para que esta seja a ultima noite, mas nunca é...
Ao acordar pela manhã eu percebo que minhas mãos já não tremem mais, não existe mais ressaca, mesmo com todos os excessos da madrugada passada.
Não dói mais... nem quando eu escuto aquela velha canção que lembra nos dois, não dói mais, na verdade acho que nunca doeu pelo “nos”, doeu por eu ser egoísta e querer um amor só meu.
Não sou uma pessoa boa, nunca fui, mas sempre fiz de tudo para que o que fosse “meu” sempre estivesse melhor do que eu...
Meus amigos, meus amores, minha família, meu trago... tudo meu... até mesmo minha dor...
Hoje aqui nesse quarto com meio cigarro no cinzeiro, algumas garrafas de Vodka já vazias jogadas no chão eu percebo...
Nada foi meu, nem mesmo a minha dor. 

domingo, 14 de outubro de 2012




No maço somente um cigarro, procuro em meus bolsos e não acho isqueiro algum, sento na beira da cama e me pergunto: “O que mais hoje?”.   

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Tome algumas doses...




Já não enxergo as minhas mãos, na verdade não enxergo mais nada.
Tome algumas doses que tudo passa eles disseram, tome algumas doses que esta dor irá passar, não passou.
Quando tudo em que acreditamos, tudo que conquistamos todos nossos sonhos, realmente tudo se transforma em pó e vemos esvair-se por dentre os dedos começamos a acreditar que acabou.
Não acabou.
Não acho que seja assim
Não acho que este seja o plano, se é que um dia ouve um.
Estou ficando louco paranoico... é... acho que sempre foi assim, eu só não queria acreditar
O tempo esvoaça como cinzas de cigarro pelo vento, e quando percebemos “BAM” ele nos mostra que nada, NADA do que fizemos a vida inteira... nem trabalho, seguir as regras, “amor”, nada disso foi real... tudo foi uma regra imposta para termos um sensação inebriante de “PAZ”.
Quando percebemos que tudo isso é uma ilusão parece que acordamos de um pesadelo e estamos em um mundo de caos, onde todos sabem qual é a doença, mas preferem tomar PLACEBO e fingir que estão curados.
Tome algumas doses que tudo passa eles disseram, tome algumas doses que esta dor irá passar, mas não passou. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Escute o seu caminho.



Um homem caminha só pela estrada...
Despreocupado ele caminha escutando o silêncio...
Admira o caminho e como tudo por ali é tranquilo...
Este homem segue caminhando e refletindo...
Passou a vida ouvindo as orquestras e bandas de Punk que regiam as vidas dos demais a sua volta...
Logicamente pensava que esta trilha sonora fantástica, deveras, também era parte sua...
Logo com tal pensamento e certo “q” de comodismo seguiu vivendo embalado pela sonoplastia alheia, achando que era a sua própria...
Dançando, cantando, festejando o que nunca foi seu...
Quase ao fim desta caminhada reflexiva ele percebe...
A trilha sonora fantástica... nunca fora de sua vida...
E sim dos demais...
Acaba percebendo que toda sua vida vivera em silêncio...
Escutando o som do silêncio...
Só então nota que não há nada melhor neste mundo,
 do que escutar o som do seu próprio caminho.