terça-feira, 13 de novembro de 2012

Nada era meu.




Tenho andado assim pelas ruas na madrugada feroz
Onde o breu consome a alma e nos refugiamos dentro de garrafas
Nossa respiração não passa de uma tragada vorás implorando para que esta seja a ultima noite, mas nunca é...
Ao acordar pela manhã eu percebo que minhas mãos já não tremem mais, não existe mais ressaca, mesmo com todos os excessos da madrugada passada.
Não dói mais... nem quando eu escuto aquela velha canção que lembra nos dois, não dói mais, na verdade acho que nunca doeu pelo “nos”, doeu por eu ser egoísta e querer um amor só meu.
Não sou uma pessoa boa, nunca fui, mas sempre fiz de tudo para que o que fosse “meu” sempre estivesse melhor do que eu...
Meus amigos, meus amores, minha família, meu trago... tudo meu... até mesmo minha dor...
Hoje aqui nesse quarto com meio cigarro no cinzeiro, algumas garrafas de Vodka já vazias jogadas no chão eu percebo...
Nada foi meu, nem mesmo a minha dor. 

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