domingo, 28 de março de 2010







Não havia nada para fazer naquela noite, exceto sair por ai com o violão a procura de algum bar ou lugar no qual eu poderia tocar beber e descansar...
Vaguei a noite inteira, bebi algumas garrafas de vinho e toquei algumas canções avulsas em cada grupo de pessoas que encontrara pelo caminho...
Noite insana, procurava por algo, mas não sabia ao certo o que era. (Como encontrar algo que não sabemos se existe?).
Não tenho certeza... (Confuso...).
Já era tarde e as pessoas que ali estavam haviam ido embora!
Comecei a caminhar sem rumo, caminhei por algumas horas, foi quando me deparei com um velho balanço, deixei o violão encostado e me balancei por alguns minutos...
Logo após peguei o violão, sentei-me ao chão, acendi um cigarro e comecei a tocar uma triste canção como se houvesse alguém sentado ali naquele balanço... A me observar, a escutar minha triste canção. Percebo-me então ali sentado solitário em delírios de companhias imaginarias...
Vejo que estou só, estou só... (Reflito...). Logo me levanto guardo violão e olho as horas... (Penso... É hora de ir...) Sem ter para onde ir... 
Eu vou embora...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Dia Nublado.

Não estava tão frio para uma noite de junho,
Eu não havia dormido direito a noite passada, meus pensamentos me perturbavam, em fim consegui dormir quando raiava o sol.
Acordei-me eram nove horas da manhã, um barulho infernal dentro de casa, resolvi não sair do meu quarto o dia inteiro, chegando a noite tomei um banho, resolvi não fazer a barba peguei um casaco e sai por ai sem rumo...
Passei em um posto de conveniências no centro da cidade peguei uma cerveja e logo me sentei em um banco de praça...
Ali estavam vários grupos de pessoas, adolescentes que riam e se divertiam em um banco próximo, logo ao lado mais um grupo de jovens que dançavam o hit da moda ao som de qualquer carro que por ali passara, no centro velhos adolescentes que bebiam, discutiam, tocavam violão e cantavam musicas de bandas que não existiam mais, então pensei... O que aconteceu com o brilho que havia em meus olhos, será que envelheci sem perceber? É quando um dos velhos adolescentes se aproxima me pede um cigarro, me oferece um gole de sua bebida e me convida para juntar-me a eles...
Dou um cigarro pra ele e digo que estava afim de ficar só...pois de que adiantaria estar em meio a um grupo de pessoas no qual eu não iria me sentir bem, se eu iria seguir me sentindo só... Levanto-me pego outra cerveja, paro e olho para aquela praça, não sinto-me à-vontade de voltar ali, dou meia volta e decido voltar para casa.
Chegando em casa vou para a cozinha, aqueço as sobras do almoço, me alimento mesmo sem vontade, vou para o meu quarto pego meu único disco, ligo o som bem baixinho, me deito no escuro torcendo para que eu consiga dormir antes do raiar do dia.