sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cansado...

Desgastados...
Já estão desgastados os meus calçados...
Pois muito caminhei...
Muito tenho de caminhar...
Desgastados estão os meus sonhos...
Meus músculos e 
Meus pés...
Cansado também o pobre coração
Cansado de bombear sangue
E de ser utilizado em poemas como um receptáculo
De sentimentos...
Desbotados estão os meus olhos...
Os quais não se conformam com a realidade em que vivemos...
Os quais não gostariam de estar percebendo os detalhes...
Meus ouvidos ensurdecidos...
Pelos seus gritos desatinados...
Desafinados...
E silenciado...
Silenciado...
Pelo amargo beijo que me diferistes esta noite...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Reflexão...


É como se não sentisse mais...
Então uma leve brisa me abate...
Não olhava pra traz enquanto corria...
Não vira o quanto eu havia me distanciado...
O quão é doloroso saber...
Que a distancia fora uma escolha...
Eis que me sento em um velho banco de praça...
Remoendo memórias, embebido em lágrimas...
Embriagando-me com o passado...
Vivendo como um velho tolo...




A brisa vai aumentando enquanto eu entendera
Como lidar com meu passado minhas magoas e meus confusos sentimentos...
Começo a sentir novamente...
É intenso...
Porém sutil...
Difícil de explicar...
Poucos entenderiam...
Tudo começa a tomar forma novamente...
Então o vendaval...
Tudo começa a mudar bruscamente ao meu redor...
E quando percebo estou preso...
No olho do furacão.


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A cura.

Curto as noites mais escuras
Vários meios de loucura
Procurando uma cura
Para toda forma de feiúra
Amenizar minha amargura
Com uma garrafa de cachaça pura.

domingo, 5 de setembro de 2010

Mais que sangue.

E então tudo provem do som que emana das cordas.
Destes acordes...
Que me apaziguam os conflitos da alma
É saber que estas bem meu irmão
Que não esqueceu o ritmo da canção
Sei que nossos caminhos
Irão se entrelaçar em um breve futuro,
Mas não tenho pressa meu irmão
Com calma e com fé chegaremos a qualquer lugar
E sempre te trago comigo dentro do meu coração
Seja onde for...
Seja como for...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ultimo Show.

E o palhaço novamente está triste e sozinho
Ele tem motivos para pintar seu nariz de vermelho
Caminha por ai com seus pés grandes
E todos riem
Estas risadas lhe ferem
Denigrem e distorcem sua opção
Ele sente raiva, mas nada pode fazer
Não é de seu feitio...
Tropeça em seus próprios pés
Novamente todo mundo ri
Ele se desculpa
E de cabeça baixa vai em direção ao seu alojamento
“Venham, venham todos, ao grande Circo Valentine...”
Ao escutar isso mais uma noite o palhaço pensa:
Por que prosseguir?... Logo segue sua reflexão...
Farei meu ultimo show.