sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mulheres da minha vida.


A falta de consideração com o que eu penso ou o que sinto sempre foi o forte das mulheres que fazem parte da minha vida!

Cantos vazios.



Mais um gole, o trago já desce rasgando a minha garganta, mesmo assim eu tomo mais um gole, somente assim consigo suportar... Acordo no meio da madrugada ainda fedendo a vodca barata, sento na beira da cama, cato um disco de vinil antigo, era um disco do John Coltrane, coloco no meu aparelho de vinil e deixo o som rolando bem baixinho... Levanto-me e vou em direção a geladeira, ali pego minha garrafa de vodca, a qual já estava pela metade, sirvo em uma xícara, não tenho mais copos quebrei todos quando você foi embora, volto para a cama e sento no mesmo lugar que estava antes, pego um maço de cigarros que estão no bolso da minha calça jeans que esta atirada no chão, acendo um cigarro e deixo que John embale meus pensamentos...
Logo me sinto menos perturbado, a musica enche minha casa, a musica preenche minh’alma.
Há muito tempo não existia tanta serenidade nesta casa repleta de cantos vazios...

Não sei socializar.

Às vezes não sei, se ser eu seria o mais sensato, realmente eu não sei atuar, usar das mascaras sociais para ter um bom convívio com as pessoas...
Sou do tipo de pessoa que socializa ébrio em festas e bares, não sei lidar com os seres humanos quando estou sóbrio, somente quando estou ébrio, assim eu lido até com as pessoas mais indesejáveis...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Velho Piano.


Era um jovem pianista, um prodígio por assim dizer, ambicionava uma vida singela e quando chagava a noite sentava-se junto ao seu velho piano e ali tocava uma suave melodia...
Já cansado da vida acadêmica a única coisa que o relaxava era seu momento com o velho piano, passara noites a fio tocando às vezes, enquanto isso sua vida passara quase que vazia, ao longo dos anos constituiu família, obteve sucesso em sua carreira, viu os filhos e os netos crescerem, conseguiu feitos invejáveis para qualquer homem de bem, mas o vazio continuava ali, sentia-se completo somente junto ao seu piano, aos seus sonhos de adolescência...
E o tempo passara voraz para ele, com os filhos bem sucedidos, os netos na faculdade e já viúvo era somente ele naquela casa, somente ele e seu piano, a família o visitara uma ou duas vezes ao ano, mas seu piano este sim sempre esteve ali e hoje permanece ali, solitário, sem emitir som algum somente esperando seu dono que não voltaria mais para tocar aquela suave melodia.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Um simples sorriso.


Com uma vida repleta de frustrações eu caminho rápido pelas ruas, as mesmas estas cheias de lacunas vazias, isso me faz notar efemeridades pelo caminho, o quão a beleza pode se esconder em pequenos detalhes ou até mesmo curtos instantes...
As pessoas tem um certo problema em enxergar o óbvio, mas não estou falando sobre “as pessoas” , estas que vão para o quinto dos infernos...
Como eu estava falando... Ah sim sobre as efemeridades não notadas...
Um sorriso sincero e espontâneo não te alegraria?
A mim sim... É um sorriso desses que me saúda quase todos os dias, é por este sorriso que resolvo fazer o percurso mais longo para ir pra casa.
Este ligeiro ato de diferir-me um sorriso já me faz notar resquícios de alegria em meu ser, eu que a pouco andava tão cabisbaixo e agora depois do ato, nem tanto...
É fascinante como as pessoas podem te fazer feliz sem saber, mas também quando descobrem que o fazem tudo acaba, é ridículo o mal que uma pessoa pode fazer só por que ela descobre o quão pode te fazer bem...
 E então é por isso que me sinto tão solitário, mas por momentos feliz, aquele sorriso que me faz demorar algumas horas a mais para voltar para casa.
Prefiro sentir esta isolada felicidade a deixar que acabem com tudo, e fiquem vocês achando que isto é loucura, fiquem chafurdando o amor, os poemas, as canções... tudo isto em busca de uma felicidade que vocês deixam passar todos os dias desapercebido.
E eu... Eu ficarei aqui observando as nuances as efemeridades, e não a deixando saber que é seu sorriso que me faz passar por aquela rua. 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A sala vazia.

Um vazio toma conta da minha sala, mesmo com os móveis, as pessoas de pernas cruzadas e a lareira acesa... Eu ainda sentia frio...
O copo de cerveja já está esquentando na minha mão, me levanto, procuro um maço de cigarros no bolso esquerdo da minha calça, quando noto que já havia fumado o ultimo, resolvo ir comprar.
Aviso aos demais que vou sair para comprar cigarros, me parece que ninguém se importou com a minha saída...
Pelo caminho vejo a noite turva da minha pequena cidade, alguns viciados pelas esquinas e algumas mulheres que se ofereciam para qualquer carro que passava,
Finalmente chego a um bar para comprar meu vicio...
Logo vejo no balcão alguns bêbados que sempre estavam ali, me dirijo em direção do mesmo e falo com o barman:
-Oi cara!
-Oi, o que seria pra ti?
-Um maço de cigarros e uma dose de vodca!
-Só um minutinho que eu já te trago...
Ali eu espero alguns instantes escuto um som agradável, era um blues que tocava em um velho jukebox... Penso se deveria voltar para meu lar onde tinham pessoas que pareciam não se importar...
-Amigo aqui está...
-Amigo hey amigo tu estás bem?
-Ah desculpa eu estava pensando aqui...
-Sem problemas, muitas pessoas vêm aqui para pensar.
-Muito obrigado!
-De nada.
Bebo minha vodca em um gole só, pego meu maço de cigarros, pago o barman e saio para rua ainda pensando se volto para casa ou fico no bar...
Acendo um cigarro e começo a perambular, encontro outro bar, um desses que não vendem somente doses e sim garrafas... Compro uma garrafa de vodca e procuro um local para sentar e refletir (há esta hora já não lembrava mais que tinha visitas em casa.) logo chego a uma praça e avisto um banco...
Ali me sento abro a minha vodca, percebo que estou tão só quanto quando eu estava em meu lar...
Só que é diferente esta solidão é diferente...
Perdido em meus pensamentos eu percebo que as pessoas que eu mais gostara afastaram-se de mim e as que mais me queriam bem eu afastava...
Já ébrio volto para casa que continuava vazia apesar das pessoas que ali estavam, peço para que todos vão embora, termino minha garrafa de vodca sento-me na poltrona em frente à lareira, me pego em um momento de tristeza e agonia pelo fato de não entender o que ocorrera comigo...
Já sem forças para prosseguir a noite deixo a garrafa de vodca cair ao chão, o cigarro queima dentre meus dedos enquanto eu sem esperanças desfaleço naquela velha poltrona com lagrimas nos olhos.
Então somos somente eu, os estilhaços da garrafa, meus dedos queimados de cigarro e a sala que sempre esteve vazia e fria...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

E por hora eu desisto...


Certo dia ligo a televisão, o que já não é de meu costume, então vejo numa propaganda, não lembro de que, com um destes atores globais, sou muito desligado quanto a isso, voltando a propaganda... o ator fala ao fim da mesma, “cultivem o amor!”
“Cultivem o amor!”...
Esta frase ficou na minha cabeça por horas, talvez mesmo alguns dias...
Esta frase me deixou atormentado.
Vocês já tentaram cultivar o amor dentre toda esta sujeira?
Tendo que engolir estas baboseiras que a televisão te empurra, coisas como, novelinha: tudo é bonitinho, o vilão se arrepende no final e os protagonistas são felizes pra sempre...
Eles introduzem este balde de merda lentamente goela baixo dos telespectadores, que ainda crêem neste conto de fadas vulgar.
Mas para mim, esta propaganda fora a gota d’agua...
Hora bolas... “cultivem o amor!”  
Estes animais pensam que cultivar o amor é como cultivar uma erva daninha , e mesmo esta não sobreviveria a este terreno de tumultuosos sentimentos e as devastadoras tempestades de adversidades intelectuais.
Então vão firme, fodam suas vidas e cultivem o amor televisivo...
Eu por hora desisti do mesmo...

sexta-feira, 8 de abril de 2011


Que tipo de pessoa eu seria se eu não seguisse os conselhos de um grande amigo? 
Acho eu que do tipo "normal".