domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Jogada.

Descanse Poetisa, enquanto o tempo te permitir...
Não irei mais insistir...
Não irei desistir apenas descansar...
Para não mais causar mal algum...
O tempo, o tempo...
O mesmo que cura também mata.
Não culpo ninguém pela minha derrota...
Porém não sabes o quão é amargo o gosto da mesma...
Pois não sabes o que é perder...
É claro, tens sempre um Ás na manga...
Mas não mais o Ás de espadas...
Estas a desperdiçar a jogada Poetisa...
Sabes muito bem como é jogar, mas não sabes jogar o truco cego.
Não sabes o valor das cartas.
Descanse... Descanse enquanto estou me preparando para a ultima jogada.
Afinal este jogo é uma melhor de três.
Um jogo raro jogado de tempos em tempos.
E o placar é de um a um.
Estou ansioso para jogar a ultima mão deste carteado.
Espero que esteja ciente disso.
Estou aguardando o embaralhar das cartas e não importa o tempo que demore...
O ultimo jogo.
A ultima jogada....

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Tango.

Um movimento intenso...
No instante que penso...
Amor desafinado...
Um tanto quanto exagerado...
Venha comigo dançar um tango acalentado...
Pelos sentimentos dos quais fugimos desesperados...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Dama despenteada.

 Dama despenteada o que fazes ai parada,
Por um acaso foste magoada?
Tais sentindo-se mal amada?
Pois bem q seja então...
Já que não queres comentar sobre tal situação
Falo eu, mas agora vou só observar, para não errar as palavras na hora de falar.
É tão belo parar e somente olhar...
Mas é estranho como não da o braço a torcer,
Nem mesmo quando o querer toma todo o teu ser...
Um dia irei aprender e quando eu crescer quero ser como você...
Na verdade não eu odiaria estar em tal situação...
Cheio de ação, mas sem nenhuma munição... 
Mas é estranho agora estamos no papel inverso...
Sorte pra ti é tudo o que eu peço.
Não quero vela cair ao chão...
Já que chegastes tão alto na escadaria...
Mas vejo que ainda é só uma guria...
E por não saber decidir sozinha vai atrás do primeiro vilão!
Não tenho pena, mas sim tristeza...
Pois na primeira estranheza me confunde com o espesso,
Sabes que dês do começo eu não era mais o mesmo!
Falava tudo menos o meu nome, pois não queria enxergar que eu,
Já havia virado homem...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A Poetisa.



Vamos lá poetisa...
Termine logo o serviço,
Termine de enterrar sua pena pontiaguda em meu peito.
Já não tem mais importância...
Já não faz mais diferença...
No meu jardim já não nascem mais flores e não a mais o que plantar.
Fique ai... Simplesmente fique ai inerte...
Seja feliz junto aos teus príncipes que nada sabem...
Nada sabem fazer à não ser te bajular...
Pois é isto que queres e mais nada...
Alguém que tu possas controlar.
Vamos lá poetisa...
Termine de enterrar sua pena pontiaguda em meu peito
Ou termino eu.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O jogo.

Então quando?
Quando sabemos o que fazer?
O que é certo e o que é errado?
Até quando deverei carregar este fardo?
Perguntas, perguntas sem nenhuma resposta.
A vida é um jogo de azar,
E quanto mais jogamos mais devemos apostar!
Eu tenho o As de espadas,
Será que deveria eu  me arriscar?


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Olhar Gris.



Levanta-se o homem de olhar gris
Lentamente se dirige a ela, aquela de beiços avermelhados.
Beiços estes os quais havia embriagado-se várias vezes no passado
Passado este levemente distante agora, mas que ainda o maltratara.
Ele olha profundamente em seus olhos sente uma leve dor em seu peito
Mal lhe diz olá...
Logo arranja uma desculpa para se retirar do local,
Não conseguira ficar no mesmo ambiente que ela,
Não sem lembrar de tudo, não sem sentir falta.
“Ir-me-ei embora... tenho coisas a fazer...” Diz ele, dando uma desculpa qualquer...
“Irei logo ali! Posso ir junto?” Diz ela.
“Sim...” Diz ele.
Segue o caminho sem diferir uma palavra se quer...
Sem ao menos olhar nas faces dela...
Medo de fraquejar era o que sentia...
Mesmo o querendo fazer...
Mesmo a querendo...
Tinha medo de ser novamente tratado como o espesso que a qualquer hora se dissipara...
Tinha medo de novamente não ser reconhecido como uma pessoa que mudara...
Medo de o seu nome ser esquecido... E novamente substituído por seu antigo pseudônimo, que lhe trouxera más recordações.
Logo cada um segue seu caminho...
“Não sou mais o espesso!” Diz ele a si mesmo...
E logo resolve caminhar sob a chuva...
Um momento de reflexão, uma leve tristeza lhe abate.
O homem de olhar gris da um triste e solitário sorriso e com uma estranha
Sensação de que algo iria acontecer, de que alguma mudança se aproximara...
Com um pouco de esperança decide ir para casa.