sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Nem verso, nem amor.




Coloca o par de luvas sobre a mesa
Deixa os cigarros caírem no chão
Os fósforos na mão
O cinzeiro emborcado, contramão.
Olha para a janela como se ali algo tivesse
Quem sabe alguma prece
Quem sabe alguém lhe apresse
Na gaveta uma garrafa de Conhaque, uma garrafa de Whisky
Põe o coração no liquidificador
Esperando dispersar toda dor, complementar o ardor...
Cai de joelhos sobre o assoalho frio, esperando o vazio e algum calafrio
Lava o único copo o qual não quebrou e coloca no escorredor.