terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Menino descalço.



Ébrio menino descalço andando pela rua
Sente no corpo a maldade crua
Finge não saber dos perigos noturnos
Degusta um cigarro com seus leigos amigos vagabundos
Canta pela noite com seu violão alcoolizado
Dos seus lábios escorrem marginalizadas poesias
Ele sabe que já não conquistam mais gurias
Numa constante nostalgia
Chora e lamenta
A melancolia do agonizar da melodia

Desejos noturnos I


Mulher, não adianta
Tu estremeces meu ser por inteiro
Teus beiços, teu cheiro
Teus olhos castanhos
Teu ser por inteiro
Te quero
Te quero com a volúpia do amante noturno
Quero me emaranhar em teus cabelos
Sentir tua pele
Ficar dentre tuas pernas
Te encher de tesão
Sentir o teu prazer exalando pelos poros
Assistir o teu gozo
E por fim te ver ali saciada
Dormindo em meu braço

domingo, 26 de dezembro de 2010

...Amante marginal

...Amante marginalizado
É isso que sou
Quando me quiseres estarei ali
Serei presente em teu ser
Sorverei teu gozo
Beijarei teus beiços com o mais puro tesão
Farei-te desfalecer de prazer
Agarrar-te-ei pela nuca
Puxarei teus cabelos
Farei com que tu te sintas fêmea
Amar-te-ei até o amanhecer
E logo irei embora
Pois é só assim que tu me queres
E sempre será...

Alguém me salve.


Vivo atormentado pelo passado
Não importa o quanto eu tente
Minhas memórias não deixam os sentimentos se calarem
É uma eterna nostalgia que causa uma angustia infindável
Não consigo mais ser alguém
Não consigo mais ter ninguém
A grande magoa que carrego em meu peito
Fez com que criasse uma defesa quase impenetrável
Por favor, alguém me salve
Alguém que seja forte o suficiente
Por favor, alguém me salve
Alguém que tenha um coração de verdade

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Um copo d'alma


Nada mais que mãos gélidas e sem emoção
É só o que podes me oferecer
Uma cama cheia da ausência de amor
Um mero espaço vazio ocupado na mesa de jantar
O abandono d’alma
Sinto-me só mesmo tendo companhia
Sinto frio mesmo tendo um corpo para me aquecer
Somente um corpo...

domingo, 19 de dezembro de 2010

O som da chuva

Ao escutar o som da chuva
Minha alma se conforta
Não espero que batam a minha porta
Quero ficar sozinho ali
Observo os pingos caindo
E quase tenho a sensação de que os mesmos tocam meu rosto
Abro a janela pra sentir a brisa da noite chuvosa
Uma sensação de liberdade e paz preenche meu peito neste instante
Deito em minha cama completamente relaxado
Esqueço do mundo no qual sou obrigado a viver
Quando estou completamente inerte um estalo
Lembro que logo voltariam os dias de sol...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Uma dose mundana.



Uma dose de whiskey
Derramada em seus ébrios beiços
Lamento não ter sido tão forte
Pois sou puro sentimento
Uma leve tragada do ultimo cigarro
Meu corpo e mente já não agüentam mais
Enquanto vives uma relação de aparências
Eu me deito com varias gurias
Para satisfazer minhas carências
Não sabes a solidão que sinto em minha cama preenchida
Por mulheres desconhecidas
Na verdade nunca entenderia
Nada, nada sobre mim
Sobre ti
Nem ao menos sobre a vida por traz da mascara...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Uma tragada...


Estou cansado
Desatinado, minhas emoções andam a mil
Mal cabem mais em meu peito
Dilacerada, marginalizada, maldita alma imunda
Alma que me prende a condição de ser um humano movido por sentimentos
Um minuto para um cigarro
Acendo-o, uma tragada...
A brasa vai queimando lentamente o tabaco e o papel...
Neste mesmo ritmo vou me acalmando
E como um simples mortal
Acomodando-me
A esta dita “vida normal.”

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Cama vazia.


Ela esta ali
A mesma qual já foi um dia fervorosa,
Cheia de movimento e calor intenso
Hoje está inerte
Se ela lhe pudesse falar
Contaria sobre as noites de amor e tesão
Falaria feliz sobre o tempo no qual ela nunca descansara
E o quanto sente falta do mesmo
Muitas vezes machucada
Por tamanha voracidade e selvageria
Mas era isso que aumentava sua alegria
Hoje inerte
Entristece-se ao vê-lo só...