sábado, 10 de abril de 2010

Observo-te a distância...
Sinto no ar a nuance da tua fragrância...
Que me desatina e me baratina...
O pior é saber que não te posso ter...
E o pior é saber que se eu pudesse te faria ferver...
Tomaria o teu ser de tal forma que não saberias descrever...
Mas me mantenho, calo meus instintos...
Porém só de me olhar sabes o que sinto...
Omites, mas sabes...
Deixe-me sorver o suave gosto da tua boca...
Ao menos uma vez...
E não te arrependerás...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Inverno.

No momento que me deito em meu gélido leito um vazio toma conta do meu ser...
Não sinto as pontas dos dedos ao escrever...
Frio... Frio é o que sinto...
Demoro horas para dormir e se dormir eu não descanso...
Sonho com o descaso que me maltrata a alma...
Agora que o inverno se aproxima sinto que minha alma se acalma...
Mas quem ira atear fogo em minha lareira?
Não sinto mais as minhas mãos para fazê-lo...
Já está ficando tarde, à noite está fria e está chovendo lá fora...
Não consigo mais andar só...
Agora é meu corpo que está gélido...
Mal consigo acender meu cigarro...
Lentamente me arrasto para a beira da lareira apagada...
E sem forças desfaleço pouco a pouco, perdendo meus sentidos um a um...
Um ultimo sussurro... Como um pedido de socorro...
O qual ninguém escutara...
E então o triste silêncio...