terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Aquela d'alma mecânica.

Um toque frio como a noite ártica
Ela me vem com um olhar oblíquo
Dissimulada sussurra ao meu ouvido: “Eu te amo.”
Vira-se e abraça seu cônjuge
Com a mente embaralhada
 E apavorado com tal cena que presenciara
Vou para minha casa
Acendo um cigarro, abro uma garrafa de vodka,
Sirvo uma dose
Paro por alguns instantes fico olhado para o nada
Lembro daquela cena
Com asco bebo meu drink num gole só
E assim o sigo fazendo
Já ébrio começo a pensar que poderia ser verdade
Ela poderia estar com ele só por conveniência
Para evitar a solidão
-“Caia em si pobre ébrio!”
Vejo-me no espelho...
Volto a mim e percebo
Pessoas como ela não amam de alma
Amam de pedra
Amam d’alma mecânica
Amam a decadência humana...

3 comentários: