Não estava tão frio para uma noite de junho,
Eu não havia dormido direito a noite passada, meus pensamentos me perturbavam, em fim consegui dormir quando raiava o sol.
Acordei-me eram nove horas da manhã, um barulho infernal dentro de casa, resolvi não sair do meu quarto o dia inteiro, chegando a noite tomei um banho, resolvi não fazer a barba peguei um casaco e sai por ai sem rumo...
Passei em um posto de conveniências no centro da cidade peguei uma cerveja e logo me sentei em um banco de praça...
Ali estavam vários grupos de pessoas, adolescentes que riam e se divertiam em um banco próximo, logo ao lado mais um grupo de jovens que dançavam o hit da moda ao som de qualquer carro que por ali passara, no centro velhos adolescentes que bebiam, discutiam, tocavam violão e cantavam musicas de bandas que não existiam mais, então pensei... O que aconteceu com o brilho que havia em meus olhos, será que envelheci sem perceber? É quando um dos velhos adolescentes se aproxima me pede um cigarro, me oferece um gole de sua bebida e me convida para juntar-me a eles...
Dou um cigarro pra ele e digo que estava afim de ficar só...pois de que adiantaria estar em meio a um grupo de pessoas no qual eu não iria me sentir bem, se eu iria seguir me sentindo só... Levanto-me pego outra cerveja, paro e olho para aquela praça, não sinto-me à-vontade de voltar ali, dou meia volta e decido voltar para casa.
Chegando em casa vou para a cozinha, aqueço as sobras do almoço, me alimento mesmo sem vontade, vou para o meu quarto pego meu único disco, ligo o som bem baixinho, me deito no escuro torcendo para que eu consiga dormir antes do raiar do dia.
rotina infame, as vezes sinto saudade dessas coisas, as vezes esqueço que elas existiram.
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